Como descreve a visão e a missão do ISQ Academy?

O ISQ Academy é uma das entidades formadoras portuguesas com maior investimento no desenvolvimento de competências em Portugal e nos PALOP, assentes em metodologias inovadoras e de forte componente técnica e tecnológica. Foi criada enquanto market place formativo no seio do ISQ, com a missão de capacitar as pessoas e as organizações em competências com valor nacional e internacional, muito focadas na tecnologia e soluções únicas.

Dessa forma, a nossa visão tem sido colocar a tecnologia ao serviço das pessoas, através de processos de formação, capacitação, certificação e consultoria em capital humano, num trabalho rigoroso e de qualidade e criando dessa forma valor e competências transformadoras e inovadoras.

Quais são as áreas de formação com mais destaque?

Temos uma área de catálogo muito vasta, transversal e construída com base na transformação, certificação, e valorização de cada pessoa, potenciando planos de desenvolvimento de carreira.

Com perto de 200 cursos diferentes, 54 são cursos certificantes e 10 assentam em certificações internacionais. Apostamos no desenvolvimento de especializações, e acabámos de lançar novos percursos, na área do Hidrogénio Verde, de Facility Management e de Especialista Europeu de Adesivos.

Nas propostas à medida dos nossos clientes, que representam 80% da nossa oferta, a avaliação, o desenvolvimento e entrega espelham sempre os desafios que nos são colocados pelas empresas que nos procuram e a nossa equipa intra/business development trabalha cada detalhe para garantir uma proposta formativa que ultrapasse as expectativas de quem nos procura.

Estamos também muito focados no crescimento da área de inovação e gestão de projetos, onde estamos a desenhar, implementar e liderar processos de upskilling e reskilling para o mercado, gestão de talentos e academias chave na mão, com foco nas competências, mudança e melhoria da produtividade. Hoje já reunimos players importantíssimos na área da Energia, Indústria, Retalho, Distribuição, Tecnologia e Cooperação internacional, e queremos alavancar ainda mais essa área no mercado.

Como a empresa garante que a oferta de formação está alinhada com as necessidades do mercado?

Cada cliente é visto de forma única, pela especificidade do seu pedido, das suas necessidades e da sua escala. Fazemos diagnósticos e desenvolvemos modelos que nos permitem estar, em cada momento, ajustados à realidade do mercado e daquilo que são as metas dos nossos clientes, o que nos permite adaptar e diferenciar a resposta, mesmo partindo de conteúdos similares.

Cada vez mais as organizações que têm necessidade de introduzir novos processos de alinhamento, onboarding, reskilling ou upskillingpara fazer face aos novos desafios, e pretendem parceiros em áreas tão diversas como o Ambiente e Sustentabilidade, Manutenção e Segurança, Qualidade, e em sectores como a Energia, as Telecomunicações, a Indústria Automóvel, ou mesmo a Aeronáutica e Aeroespacial, a Agroindústria, etc. entre outras.

A meta do ISQ Academy, que forma anualmente perto de 25.000 pessoas, é cada vez mais liderar e promover processos de mudança cuja formação assente na inovação, na capitalização e alinhamento de práticas e competências, possa estimular e acompanhar as necessidades de cada organização.

O ISQ Academy tem uma presença e reconhecimento além-fronteiras?

O ISQ Academy investe bastante nas certificações internacionais e nacionais, sendo a empresa portuguesa que mais certificações entrega, sobretudo nas áreas técnicas e tecnológica. Tem sido um fator diferenciador nos mercados internacionais onde operamos, sobretudo para empresas das áreas da energia, construção, transportes, aeronáutica, telecomunicações, etc.

Na Europa, em países como Espanha, França, Holanda, formamos quadros e outros operacionais, nas áreas de gestão de sistemas de responsabilidade social, qualidade, ambiente e segurança, energias renováveis, robótica e eletrónica, soldadura e gás, com apoio às certificações ISO e formação de formadores.

Em África, sobretudo Argélia, Angola, Moçambique e Mauritânia, temos realizado formação técnica para Governos e empresas industriais, que operam nos mais diversos setores, incluindo Oil & Gas, energia, construção ou portos.

Estamos também a trabalhar em rede em CoVEs europeus, centros de excelência a nível formativo de várias geografias, e que visam contribuir para o desenvolvimento regional, para a inovação, com clusters industriais, com estratégias de desenvolvimento smart e visando a inclusão social.

Não vivemos de estaticidade, mas de uma procura constante de novos mercados e desafios, para suprir as necessidades de desenvolvimento formativo e liderar processos de transformação de quem nos procura ou a nós se alia.

De que forma o ISQ Academy alia a inovação e a tecnologia nos métodos de ensino?

A situação que vivemos com o COVID demonstrou-nos, de forma geral, que a nossa força e sobrevivência assenta muito na capacidade de adaptação, de reação e de proatividade. Os métodos de ensino, neste caso de formação, o ambiente tradicional como o conhecemos, teve de se aliar à tecnologia e passar para o digital.

O ISQ Academy foi ágil e inovador na adaptação necessária. Substituímos durante esse período as salas físicas pelas plataformas de comunicação, trabalhámos as competências dos nossos formadores, habituados a ter formandos físicos e a desenvolver um trabalho muito baseado na prática, para serem mais hábeis no mundo digital, garantindo que nada se perdia. Apostamos no desenvolvimento de novos produtos assentes em metodologias de b-learning, e-learning, live learning. E com isso ganhamos maturidade e aceitação dos nossos clientes, habituados ao rigor prático das nossas formações e produtos.

Estamos hoje mais focados em desenvolver produtos assentes em realidade virtual, realidade aumentada e simuladores, para podermos levar a formação, as nossas salas e laboratórios ou oficinas mais longe, sem constrangimentos físicos. Dessa forma, as lessons learned dessa altura mudaram a nossa atitude e se sempre fomos uma casa de inovação tecnológica, cada vez mais queremos ser um hub de oferta inovadora digital.

O ISQ Academy privilegia parcerias estratégicas com outras instituições ou empresas para enriquecer a sua atuação?

O ISQ Academy sempre trabalhou parcerias estratégicas para criar ecossistemas colaborativos, na oferta formativa e mercados onde se encontra, de forma a disseminar o seu know how.

Atualmente estamos envolvidos em diversas agendas mobilizadoras, integrando consórcios que têm como missão criar, desenvolver ou facilitar processos transformadores de formação, numa lógica de reskilling ou upskilling para ativos ou desempregados.

Estamos por exemplo, no caso da transição energética, inseridos num projeto de consórcio que envolve 82 parceiros e visa o reforço da competitividade das empresas do setor energético como resultado da criação de produtos e soluções inovadoras e de cariz exportador, tendo por base tecnologia e know-how desenvolvido e consolidado no sector, colocando Portugal na liderança da descarbonização e potenciando a transição energética.

A nossa missão de intervenção está na formação avançada, onde iremos atuar na oferta de reskilling e upskilling para públicos diferenciados, sustentados em boas práticas de diagnóstico, validação, formação e acompanhamento, que impactem na vida das pessoas.

Quais são as perspetivas do ISQ Academy em termos de expansão e desenvolvimento de oferta?

Como referi anteriormente, a nossa perspetiva de mercado indica-nos que cada vez mais empresas estão a desenvolver talento digital e verde e a apostar nas temáticas de sustentabilidade.

O ISQ Academy tem desenvolvido, nos últimos anos, diversos planos de formação direcionados para a democratização e aquisição de competências verdes e digitais que permitam às empresas desenvolver competências no âmbito da sua estratégia de inovação, crescimento, criação de novos serviços, produtos responsáveis e sustentáveis, cumprindo metas ambientais europeias.

Vamos continuar a apostar em ciclos de formação com programas de desenvolvimento progressivo de competências, diversos níveis de complexidade e dirigidos a públicos diferenciados nas áreas de sustentabilidade, eficiência energética, economia circular, energias renováveis, incluindo o hidrogénio, cidades SMART, 4.0 sobretudo industrial, entre tantos outros.

O nosso objetivo máximo nestes tempos de transformação cultural é fazer a mudança para a capacitação das pessoas, e acompanhar a digitalização do país e das empresas portuguesas.

Tal como noutros países altamente competitivos, é preciso aliar formação técnica e tecnológica à gestão, aos serviços e aos processos, garantindo um conhecimento cada vez mais profundo das tendências, do seu desenvolvimento e do seu impacto na nossa vida.